No passado, em Paracatu de Baixo o falecimento exigia duas idas a Monsenhor Horta: uma para comprar pregos e pano preto para forrar o caixão e outra para o sepultamento do morto no cemitério atrás da Matriz de São Caetano. Dona Efigenia, nascida em 1927, se recorda dessa prática, enquanto José Pascoal já se lembra dos sepultamentos feitos em Paracatu de Baixo, desde os anos 1950, mas não sabe a data da construção do cemitério no distrito.
O cemitério de Paracatu de Baixo está localizado no topo de uma colina central, próximo à escola e à igreja de Santo Antônio. O acesso se dá por uma estrada sinuosa pavimentada com bloquetes de concreto. Sua estrutura é retangular e está cercada por uma mureta de alvenaria branca, com um portão gradeado cinza na entrada. O interior do cemitério possui túmulos demarcados por cruzes ou sepulturas com tratamento em rocha ou cerâmica. Destaca-se um cruzeiro de madeira pintado de branco na porção superior, nos fundos, semelhante às necrópoles na região, como em Ponte do Gama e Pedras.