A pesca de subsistência, mais do que mera atividade econômica, é uma tradição enraizada que transcende gerações. José Silvério Dos Santos, conhecido como Zé de Jair, de Ponte do Gama, começou sua jornada na pesca ainda criança, aprendendo com os pais e irmãos. Posteriormente ele transmitiu o ofício aos filhos também na infância.
Para Zé de Jair e outros membros da comunidade, a pesca vai além da captura de peixes. Ela se configura como elo que une diferentes gerações em um núcleo familiar, estabelecendo uma rede de reciprocidade para além das águas do rio. Essa prática não se limita ao ato de pescar, mas permeia o cotidiano, moldando a identidade da comunidade e redefinindo a importância do peixe como alimento, mas também como símbolo profundo de gratidão, admiração e amizade.