Acredita-se que a lenda do Caboclo D’água, embora não datada com exatidão, originou-se nos séculos XVII e XVIII, período marcado pela escravidão e pelo ciclo do ouro em Minas Gerais. Esta lenda é parte da tradição oral em diversas comunidades ribeirinhas, incluindo áreas ao longo do Rio São Francisco e cidades como Mariana e Barra Longa. A transmissão oral da lenda permitiu sua evolução e adaptação ao longo do tempo, com variações nos elementos narrativos.
Em Barra Longa, o Senhor Antônio Felipe Rezende afirma conhecer pessoalmente o Caboclo D’Água desde a infância e mantém contato com a criatura ao longo dos anos. Ele brinca com a incerteza sobre a existência do Caboclo e com a reputação de mentiroso que ele próprio adquiriu por conta das histórias. Em setembro de 2011, uma estátua do Caboclo D’água foi inaugurada em Barra Longa, acompanhada de um evento com programação cultural diversificada. A lenda também inspirou músicas de artistas locais, como Flávio Márcio Ferreira de Freitas (Fafá da Barra) e Carmem Lúcia Ferreira. Além disso, um documentário intitulado “O Caboclo – A Verdadeira História do Caboclo D’água” foi produzido por Davi Collares, cineasta e professor de cinema, destacando a influência da lenda na cultura local.