Grandes fazendas se destacaram na região de Barra Longa desde o início do século XX, como a Porto Alegre e a do Engenho. Nesse ambiente agrícola e campesino, a cultura ligada aos animais de tração como cavalos e muares sempre teve papel preponderante. Nesse contexto, algumas tradições ligadas à vida no campo e à lida cotidiana com a produção agropecuária floresceram em municípios vizinhos. Entre elas se destacam as cavalgadas e encontros de cavaleiros. Os primeiros eventos oficiais desse tipo começaram a ocorrer na região nos anos 1980. No município de Barra Longa, as festas dos padroeiros das comunidades rurais, assim como as da sede, costumam reservar parte da programação para passeatas a cavalo. As “festas de cavalo”, também chamadas de “poeirão”, se caracterizam por seu perfil informal, que segue um modelo de competição com concursos de marchas, juiz, desfiles e shows. Esses eventos costumavam ser realizados no Parque de Exposições, onde eram montadas barraquinhas com pessoas de diversas localidades vendendo seus produtos.
Com o rompimento de Fundão, o Parque de Exposições se tornou um local de depósito dos rejeitos que atingiram as ruas da cidade. Com isso, o local ficou interditado e seu uso foi interrompido. Isso impactou a realização das cavalgadas e de outros eventos da comunidade.