Como diversos outros costumes, a tradição católica de velar, enterrar e proteger os corpos dos defuntos em espaços sagrados foi introduzida em Minas Gerais por portugueses. Assim, era praxe no período colonial ser erguida nos territórios, logo no início de sua ocupação, uma capela em louvor ao seu santo protetor, ao redor da qual as pessoas mais abastadas da comunidade costumavam ser sepultadas.
No caso da sede de Barra Longa, o cemitério foi reformado no início do século XX, numa época em que essas reformas se tornaram bem comuns na região. Em 1971, a Arquidiocese de Mariana doou o espaço à Prefeitura do município, que na década seguinte construiu a Casa Velório no local, onde passaram a ser realizados os velórios.
A estrutura arquitetônica do cemitério é cercada por um muro com base de pedra sucedida por superfície com vedação em tijolos maciços. Sobre o portão da construção há um pórtico com a escultura de um anjo. A planta foi elaborada em formato retangular. Por se encontrar em uma parte elevada do território barralonguense, o cemitério não foi impactado diretamente pelos rejeitos. O fluxo intenso de veículos e máquinas, no entanto, pode provocar avarias futuras na construção.