Conforme as inscrições encontradas na capela de Nossa Senhora da Conceição, o capitão Manoel Gonçalves Mol chegou às terras denominadas “Corvinas” em 10 de junho de 1816, quando iniciou a edificação da sede da Fazenda, finalizada apenas em 1854. O nome da região se refere a uma espécie de peixe bastante comum no rio Gualaxo do Norte, com leito próximo à propriedade. Ela serviu como morada para a família do capitão e seus escravos e foi usada na produção de açúcar mascavo, além de outras mercadorias, como arroz, feijão, café e milho. Na década de 1930, no entanto, o proprietário começou a investir na criação bovina e interrompeu a produção de café e açúcar. A posse da Fazenda foi transmitida de geração em geração e o atual proprietário é descendente dos primeiros moradores.
A propriedade é composta por diversas edificações, como a sede da fazenda, o engenho de cana-de-açúcar com roda d’água, a oficina, o paiol, a usina do antigo gerador, o curral e diversas outras. Suas estruturas são compostas por sistemas diversos, desde pau-a-pique a vedações em tijolo maciço ou madeira. A sede da fazenda ficou sem energia elétrica nos dias 5 e 6 de novembro de 2015 devido à chegada da lama de rejeitos, o que impactou o escoamento da sua produção. Suas instalações também foram restauradas pela Fundação Renova, já que o rompimento favoreceu sua situação de degradação.