As Folias de Reis em Barreto são uma manifestação do catolicismo popular brasileiro mantida pelos moradores ao som de sanfonas, caixas, pandeiros e versos. Em 24 de dezembro, Mestre Alcides e Mestre Osório organizam, respectivamente, a Folia Velha e a Folia Nova, que percorrem as ruas do distrito até se reunirem no presépio da Capela de Nossa Senhora do Pilar para uma vigília noturna em honra ao Menino Jesus.
No raiar do dia seguinte, após se despedirem da padroeira, fazem mais um giro pela comunidade recolhendo doações, e nos dias 27 ou 28 saem com a bandeira do Menino Jesus pelos arredores de Barreto, em trajetos distintos, concluindo a peregrinação com uma apresentação de volta à capela no dia 31.
Alguns dias depois, eles retomam a peregrinação pelas comunidades vizinhas, retornando em 6 de janeiro, Dia de Reis, para a grande festa do “arremate”.
A origem desta tradição remonta a um trágico evento, quando a casa de Antônio André Damázio foi atingida por um raio. Após a perda de seus filhos, foi aconselhado pelo Monsenhor Horta a fundar uma Folia de Reis. Com o crescimento do grupo, a folia se dividiu em duas, dando origem à celebração atual.