Matadouro ainda preserva a identidade e a essência do interior mineiro. Sua origem, no século XVIII, está ligada às fazendas Porto Alegre e Engenho, que iniciaram o povoamento da região e seguem em atividade até os dias de hoje. No século XX, a família Carmo se estabeleceu no local, contribuindo para moldar suas características atuais.
A religiosidade é marcante no povoado situado a 9 quilômetros de Rio Doce. A Capela de Nossa Senhora do Carmo, construída em mutirão pelos moradores, é o centro da vida religiosa da comunidade e simboliza a devoção do seu povo. As festividades incluem a celebração da padroeira e as novenas do Menino Jesus e de São Sebastião.
Entre matas e serras, Matadouro oferece aos visitantes um encontro com as tradições mineiras que resistem ao tempo. A prática da benzeção, transmitida entre gerações, mantém viva uma tradição local de cura e proteção.
O Encontro de Cavaleiros, que faz parte do calendário cultural de Rio Doce, reúne moradores e visitantes em uma tradicional cavalgada que acontece anualmente.
A produção artesanal e agrícola local também é um atrativo, destacando-se os balaios feitos em taquara, herança dos tropeiros, as quitandas caseiras e a criação de galinhas poedeiras, conhecidas pelos ovos de casca e gema avermelhadas.